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Entretanto os sete grupos deixaram a clareira em direcção aos sete cabos. A cada grupo coube a visita a um dos cabos. Enquanto caminharam dentro do perímetro que conheciam, avançavam com rapidez. Quando o primeiro grupo teve que subir montes íngremes, cheios de rochas e sem trilhos, a marcha abrandou. Ainda assim, continuaram a caminhar. O segundo grupo teve que ultrapassar outras dificuldades. Para além de ribeiras que transpunham a pé, foram ter a um dos muitos rios de Fantasia. Sem meios para irem para a outra margem, caminharam ao longo do curso do rio. O terceiro grupo avançou bastante e sem dificuldades. Aliás tiveram a ajuda preciosa da mulher-borboleta. Foi pura sorte. O quarto grupo perdeu-se para fugir às sucessivas aparições de um urso. O quinto e sexto grupos tiveram muitas dificuldades: cada grupo perdeu um elemento nos pântanos que desconheciam. O sétimo grupo, onde se inseria a Criança, também teve de ultrapassar algumas provas difíceis. Uma planície coberta de cinzas de um vulcão que entrara em erupção que os fez desviar do caminho, fazendo-os percorrer muitos mais quilómetros do que os que tinham pensado, sob uma nuvem cinzenta de nuvens que dificultava a respiração.
Só ao sétimo dia de viagem é que os grupos chegaram a cada um dos cabos. O primeiro grupo foi ter ao Cabo do Gigante onde, ao contrário do que o nome indicava, não havia lá nenhuma criatura gigantesca. Só o Cabo era realmente colossal, tanto que o mar ficava bem lá em baixo. Por outro lado, o farol estava completamente abandonado. Uma elfo, uma jovem e um duende entraram para ver melhor o interior do farol. O segundo grupo chegou ao Cabo das Mãos de Pedra. Aí havia a casa do faroleiro e o farol. O faroleiro recebeu-os bem, pois há muito ninguém o visitava ou ali passava. Ninguém falou no desaparecimento da princesa Ju, porque depressa constataram que o faroleiro nada sabia. Antes de partirem, o faroleiro deu-lhes a réplica de um barco, que costumava fazer manualmente para passar o tempo. Agradeceram o almoço, a prenda e puseram-se a caminho da Clareira das Decisões.
O terceiro grupo não teve melhor sorte no Cabo da Vela. O farol estava em ruínas e não viram ninguém. Um jovem apanhou do chão aquilo que parecia ser o coto de uma vela. Nada de interesse, segundo a maioria. O quarto grupo foi até ao Cabo da Lua. E não é que o Cabo tinha a forma da lua em quarto cresccente? Lá no fundo o mar estava calmo, tranquilo, azul. Os temerários desceram e um deles trouxe uma pedra com inscrições que ninguém soube decifrar, nem mesmo a fada que os acompanhava. O Cabo da Bela Vista foi encontrado pelo quinto grupo. O nome do Cabo correspondia à beleza do lugar e da Vista. Dali viram o mais belo pôr-do-sol que alguma vez tinham tido a oportunidade de observar. E ali pernoitaram. O amanhecer foi outro milagre. O sétimo grupo foi parar ao Cabo da Serpente. Aí encontraram uma velha senhora, com o rosto tisnado pelo sol e cheio de rugas. Não os recebeu nem bem, nem mal, mas todos perceberam que ela não gostava de visitas pelas palavras evasivas que trocaram.
O sétimo grupo foi ter ao Cabo da Sereia. No átrio da casa do faroleiro havia um lago com a estátua de uma sereia. O grupo foi recebido por um jovem casal de elfos, extremamente simpáticos. Todos ficaram ali instalados e passaram uma noite bem agradável. Este casal de elfos tinha-se intalado naquele lugar por gostar de sentir o barulho do mar e simultaneamente avisar as embracações que se estavam a aproximar da costa. Gostavam de viver assim. A Criança elogiou-lhes o conforto da casa e o estado de preservação do farol.
Ali não houve questões incómodas; apenas um convívio saudável, descontraído e simpático. Mas o dia seguinte seria bem diferente.
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Nota: fotos de F Nando
Lá vou ficar mais uns dias a pensar no que se irá passar
ResponderEliminarbeijokas e bom fim de semana
Olá,
ResponderEliminarà medida que vou escrevendo esta aventura tenho um enredo traçado na minha mente. Porém, não sei muito bem como, a hist´´oria vai noutras direcções.
Beijinhos
Bom fim-de-semana
Estas histórias são livros com várias páginas por abrir, e em cada página uma surpresa.
ResponderEliminarBjs Catarina
Olá Catarina,
ResponderEliminarque comentário tão querido. Quando esta história terminar, acho que vou transformá-la em livro.
Beijinhos
Esta história está a crescer a olhos vistos... gostei muito. bjs
ResponderEliminarEnqunto esperamos pelo dia seguinte, um beijo especial por teres ficado com seguidora do Expresso. Obrigado.
ResponderEliminarMais um bocadinho muito interessante, fico à espera do dia seguinte.
ResponderEliminarBjocas
Patty
Vim ver o seu blog.
ResponderEliminarAchei interessante.
Beijinhos