quarta-feira, 9 de junho de 2010

Onde estás Ju?


Os anciãos, as crianças e todos aqueles que não puderam ir em busca da princesa Ju ficaram impressionados e tristes com os relatos dos porta-vozes dos sete grupos. Em todos eles tinha havido baixas. A morte tinha cercado todos os grupos arrebatando um ou mais elementos. Daí tanta desolação.
Tinham encontrado a princesa Ju? Como estava ela? Tinham-na levado até ao palácio para se recompor? Todos disseram que não tinham encontrado qualquer vestígio que conduzisse até à princesa Ju. Alguns disseram mesmo que não havia como resgatá-la. Parecia ter-se evaporado de Fantasia.
Ouviram-se então suspiros, ais e choros. A tristeza, o desânimo, o desalento apoderava-se de todos. Fantasia não fazia sentido sem a sua beleza, o seu sorriso doce, a sua amabilidade, a sua alegria, a sua eterna juventude. Ela era um Ser total! Um ser humano que se dava e ajudava todos sem reservas. Não tinha quaisquer manifestações de ostentação, o que acontecia noutras princesas que viviam com ela. Ju era pura de alma e coração.
Perante tanta desolação, a Criança reiterou que apesar de não terem encontrado vestígios da princesa nos sete cabos, não iam desistir de a procurar. Algo lhe dizia que a encontrariam. Tinham de continuar unidos e com esperança. Não era tempo de lamúrias, pois o que era necessário era definir outra estratégia para encontrar Ju.
A Criança estava a reunir novos grupos, antes de irem descansar, quando se ouviu um galope veloz não muito longe dali. Dez minutos depois apareceu o unicórnio Olho Azul completamente suado e extenuado pelo esforço da corrida. Estava totalmente recomposto do que lhe tinha acontecido na Festa do Solstício.
Que faria ele ali? Teria alguma novidade? Todos emudeceram à espera de uma explicação, que surgiria logo depois.

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